sábado, 12 de fevereiro de 2022

Novos Contos da Montanha. Miguel Torga. Coimbra 14ª Edição



 

N 19243 – Novos Contos da Montanha. Miguel Torga. Coimbra 14ª Edição. 237 Pgs. 15x20cm. 237 Pgs.

Pseudónimo de Adolfo Correia da Rocha, autor de uma vasta produção literária, largamente reconhecida e traduzida em várias línguas. Nasceu em S. Martinho de Anta em 1907. Depois de uma experiência de emigração no Brasil durante a adolescência, cursou Medicina em Coimbra, onde passou a viver e onde veio a falecer em 1995. Foi poeta presencista numa primeira fase; a sua obra abordou temas sociais como a justiça e a liberdade, o amor, a angústia da morte, e deixou transparecer uma aliança íntima e permanente entre o homem e a terra. Estreou-se com Ansiedade, destacando-se no domínio da poesia com Orfeu RebeldeCântico do Homem, bem como através de muitos poemas dispersos pelos dezasseis volumes do seu Diário; na obra de ficção distinguimos A Criação do MundoBichosNovos Contos da Montanha, entre outros. O Diário ocupa um lugar de grande relevo na sua obra. Também como escritor dramático, publicou três obras intituladas Terra FirmeMar e O Paraíso. Recebeu, entre outros, o Prémio Montaigne em 1981, o Prémio Camões em 1989 e o Prémio Vida Literária (atribuído pela Associação Portuguesa de Escritores) em 1992.

 

Miguel Torga publicou em 1941 o livro de contos Montanha, que imediatamente foi apreendido pela polícia política. Em carta de Abril desse ano, Vitorino Nemésio, solidarizando-se com o amigo, escreveu a propósito dessa apreensão: «Acho a coisa tão estranha e arbitrária que não encontro palavras. De resto, para quê palavras se nelas é que está o crime?»

Em 1955, Miguel Torga fez uma 2.ª edição no Brasil, com o título Contos da Montanha. A edição da Pongetti circulou clandestinamente em Portugal, assim como a 3.ª edição, de 1962. Em 1968, a obra Contos da Montanha foi de novo publicada em Coimbra, em edição do autor.

«Mas a pátria é um íman, mesmo quando a universalidade do homem, como neste preciso momento, sai finalmente dos tacanhos limites do planeta. Poucos resistem à sua atracção ao verem-se longe dela, seja qual for a órbita em que se movam. Até os seus filhos de ficção. Por mais fortuna que tenham pelo mundo a cabo, é com o ninho onde nasceram que sonham noite e dia . É que só nele se exprimem correctamente, estão certos nos gestos, são realmente quem são.»

 

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