N 19237 – Podem chamar-me EURÍDICE. Orlanda da Costa. 2ª Edição, Seara Nova 1974.
205 Pgs. 12x19cm. Mínimos defeitos.
Um romance extraordinário, apreendido pela PIDE
aquando da sua publicação, que pega no mito de Orfeu e Eurídice, inverte papéis
e coloca-o no Portugal dos anos 60 do século passado, marcada pela dureza dos
tempos negros do fascismo e pela corajosa luta de uma geração pela liberdade.
Escrito em 1964, Podem Chamar-me Eurídice, é
uma história de amor, que se desenrola num meio universitário de Lisboa, num
tempo de juventude, que tem subjacente como que a vocação imperiosa para o
cumprimento de ideais de solidariedade humana e de lutas generosas. No entanto,
o que este livro nos absorve e nos transporta, é o drama de Cândida, essa
moderna Eurídice subjugada à sua grande e trágica paixão amorosa, que nos é
revelada pelo autor num pungente reverso do mito de Orfeu.
----
Poeta, ficcionista e autor dramático português
nascido em 1929, em Lourenço Marques (hoje Maputo), em Moçambique, e falecido a
27 de Janeiro de 2006, em Lisboa, tendo vivido a infância e a adolescência na
antiga Índia Portuguesa. Licenciou-se em Ciências Histórico-Filosóficas pela
Faculdade de Letras de Lisboa e exerceu a profissão de técnico de publicidade.
Iniciou a sua carreira literária com a publicação de obras de poesia situadas
no contexto de uma segunda geração neo-realista, afirmada nos anos 50, sendo os
seus primeiros três livros de poesia, A Estrada e a Voz (1951), Os Olhos sem
Fronteira (1953) e Sete Odes do Canto Comum (1955), todos editados pela colecção
"Cancioneiro Geral". Nessas colectâneas, dá continuidade a uma poesia
empenhada, de exortação fraterna e de esperança, evocando os "homens que a
estrada juntou" e "que a estrada baptizou" (Baptismo),
caminhando para um "horizonte (que) será de espigas"
("Vertente"). Afirmou-se, na década seguinte, no domínio da ficção
com O Signo da Ira (1961) e Podem Chamar-me Eurídice (1964), romances de
intenção social que seriam proibidos pela censura, sendo, ao primeiro romance,
só levantada a sua proibição após ter recebido o Prémio Ricardo Malheiros, em
1962. As mesmas dificuldades seriam levantadas a Podem Chamar-me Eurídice,
apenas amplamente difundido em 1974.
Portes Grátis
PARA VENDA; 14€
Sem comentários:
Enviar um comentário