terça-feira, 15 de fevereiro de 2022

José Cardoso Pires. A república dos Corvos. 1ª Edição 1988.




 

N 19271 – José Cardoso Pires. A república dos Corvos. 1ª Edição 1988.  

 

DESIGNAÇÃO

 

N 19271 – José Cardoso Pires. A república dos Corvos. 1ª Edição Publicações D. Quixote 1988. 14x22cm. 218 Pgs.

 

O volume de contos A República dos Corvos surgiu em 1989. Com esta obra, Cardoso Pires confirma a sua incomparável mestria dentro do género, habilidade que já demonstrara em Os Caminhantes e Outros Contos (1949) e Jogos de Azar (1963). A sua depurada técnica narrativa e a sua poderosa imaginação confluem em relatos que são por vezes alegóricos e impenetráveis, e na sua maioria de corte metaficcional. “Dinossauro Excelentíssimo” é uma fábula sobre a ditadura de Salazar, enquanto que “O Pássaro das Vozes” e “As Baratas” ironizam sobre a hipocrisia das convenções da classe média. “A República dos Corvos”, o conto que dá o título à colecção, mescla o presente e o passado de Lisboa quando alude, numa história que se desenvolve na época contemporânea, à lenda da fundação de Lisboa por São Vicente. Em suma, estamos perante contos amargos e sarcásticos, que transmitem a desolação causada por um mundo em que a custo se observa um pouco de altruísmo entre os homens. Tal como afirma na dedicatória: “Hoje em dia pode roubar-se tudo a um homem, até a morte – disse o contador de estórias à sua filha Ritinha”.

José Augusto Neves Cardoso Pires (1925-1988). A sua actividade profissional centrou-se em torno da literatura e do jornalismo cultural, tendo sido director literário de várias editoras, director da revista Almanaque (cuja redacção era constituída por Luís de Sttau Monteiro, Alexandre O’Neill, Vasco Pulido Valente, Augusto Abelaira e o escultor José Cutileiro e que contava com a direcção gráfica de Sebastião Rodrigues), director-adjunto do jornal Diário de Lisboa (1974), redactor da Gazeta Musical e de Todas as Artes e crítico literário da revista Afinidades. No final da década de 60, vai para Londres, onde exerce funções de leitor no departamento luso-brasileiro do King’s College (1969-71). Aí regressará mais tarde, como «resident writer» a convite da Universidade de Londres, entre 1979 e 1980.. A partir de 1974, dedicou-se exclusivamente à escrita literária, reservando as colaborações jornalísticas a algumas séries de crónicas. Da sua bibliografia destacam-se as obras: Histórias de Amor (1952); O Delfim (1968); Balada da Praia dos Cães (1982); Lisboa, livro de bordo (1997).

 

 Portes Grátis


Para venda: 18€


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