N 19327 – A Cor dos dias. António Alçada Batista. Memórias e Peregrinações.
Editorial Presença 2ª Edição. 223 Pgs. 15x23cm. Livro Novo.
SINOPSE
Autor de quatro romances e uma novela,
foi através dos livros de memórias e reflexões que António Alçada Baptista, 77
anos, se afirmou na literatura portuguesa. A sua "Peregrinação
Interior" (em dois volumes) ainda hoje é um marco, com sucessivas
reedições, aliás como o resto da sua obra. E o próprio Alçada Baptista afirma
em entrevista ao JL (29/10/03): "Comecei a escrevê-lo ["A Cor dos
Dias"] há quatro anos e tem como base a memória. É mesmo uma espécie de
'levantamento da memória', que para mim sempre foi essencial. Sou um escritor
da memória e não da imaginação, muito menos da abstracção." "A Cor
dos Dias" insere-se no mesmo registo de " Pesca à Linha"(1998),
tem uma "peregrinação interior", memórias do (seu) tempo (e Alçada
Baptista conheceu meio mundo, geográfico, já que era um amante das viagens, e
da literatura, das artes, da política, ele que editou do que melhor se
publicava em Portugal na sua Moraes Editores, que fez a revista O Tempo e o
Modo, foi presidente o Instituto Português do Livro, administrador da Fundação
Oriente, etc.), e ainda algumas crónicas publicadas em jornais.
" [este livro representa] uma espécie de feliz síntese,
ou súmula, ou amostra, do que escreveu ao longo da vida. Excepção feita à
ficção [...] [...] os seus livros ficarão como raros documentos e testemunhos
vividos sobre muito importantes aspectos da história de mais de metade do
século XX português. A história não só ou não tanto política como social, de
relações entre as pessoas, de costumes; ou, de algum modo, lembrando a famosa
obra coordenada por Philippe Ariés e Georges Duby - 'história da vida privada'.
Que teve nele, e com este livro continua a ter, um notável cronista e contador
de (das suas) histórias."
José Carlos de Vasconcelos, JL, 28/10/03
António Alçada Batista, escritor português,
nascido a 29 de Janeiro de 1927, na Covilhã, estudou num colégio de Jesuítas em
Santo Tirso. Após uma licenciatura em Direito, tirada em Lisboa e concluída em
1950, esteve ligado à edição e ao jornalismo. Foi diretor da revista O Tempo e
o Modo (1963-69) e presidente do Instituto Português do Livro. Dirigiu jornais,
como O Dia, e colaborou com outros, como A Capital ou o Semanário. Participou
ainda em programas de televisão e da rádio, por exemplo, como cronista na Rádio
Comercial.
É oficial da Ordem de Sant'Iago e recebeu das mãos
do Presidente Ramalho Eanes a Ordem Militar de Cristo, em 1983, e a Grã-Cruz da
Ordem do Infante entregue pelo Presidente Mário Soares, em 1995. Foi nomeado
colaborador do Presidente Jorge Sampaio.
Profundamente influenciado pelo Cristianismo de
pensadores como Emmanuel Mounier e Teillard de Chardin, conseguiu obter com os
dois volumes de "Peregrinação Interior" a unanimidade da crítica e do
público. Enquanto ficcionista, publicou "Os Nós e os Laços" (1985), "Catarina
ou o Sabor da Maçã" (1988), "Tia Suzana, Meu Amor" (1989),
"O Riso de Deus" (1994) e "Pesca à Linha - Algumas
Memórias" (1998), um livro que se assume como uma obra de memórias,
recordações, lucidez e ironia, e à qual não é alheio o profundo sentido afetivo
que caracteriza a escrita deste autor. Como cronista e defensor da liberdade
Alçada Baptista publicou em Outubro de 2002 "Um Olhar à Nossa Volta",
o testemunho de uma vivência coletiva registada na década de 70 e 80 marcada
por inquietações político-sociais.
Portes Grátis
Para venda: 8€
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