quinta-feira, 30 de dezembro de 2021



 Para venda: 42€

N 14680  –Foto Autografada do Arquiteto Norte Júnior. Assinada no Tardoz. 78x107mm.

Manuel Joaquim Norte Júnior (Lisboa24 de Dezembro de 1878.  SintraDezembro de 1962) foi um arquiteto português.[.

Vida e Obra

Foi um dos mais ativos arquitetos do princípio do século. Em 1891 ingressou na Escola Superior de Belas Artes de Lisboa. Em 1900 termina o curso de Arquitetura Civil onde entretanto entrara e concorre a um lugar de pensionista do Estado no estrangeiro. Estudou em Paris, na Escola de Belas-Artes e no atelier Pascal, fazendo ainda diversas viagens de estudo por EspanhaFrança e Bélgica. De regresso a Lisboa em 1904 a sua primeira grande obra: Casa - Atelier Malhoa, na Avenida 5 de Outubro, em Lisboa. Esta obra marca a inauguração da sua notável participação na arquitetura das Avenidas Novas. Em 1905 casa-se, estabelecendo-se em Sintra e trabalhando em Lisboa.

Contemporâneo de outros grandes arquitetos, autores de grandes obras, como o foram José Luís Monteiro (1848-1942), Nicola Bigaglia (1841-1908), Miguel Nogueira Júnior (1883-1953), Álvaro Machado (1874-1944) e Miguel Ventura Terra (1866-1919), parece ter beneficiado com a morte prematura deste último que lhe deixou a oportunidade de projetar um maior número de obras, sobretudo edifícios habitacionais e hoteia, passando igualmente em arranjos interiores de estabelecimentos comerciais. A sua ligação ao ideal republicano também parece ser um fato determinante na possibilidade de conceber o conjunto de obras que se lhe conhece. [2]

Norte Júnior, poderá ser considerado como um arquiteto das Avenidas, não apenas pela grande quantidade de obras que fez nesse espaço da cidade, mas, igualmente, porque foi aí que concebeu as suas melhores obras. Estas subordinaram-se à estética historicista e eclética, expressa principalmente nos elementos decorativos das fachadas, dando importância ao geometrismo e luxo de alguns desses elementos, com noções de modernismo Arte Nova. É exemplo perfeito a pastelaria Versailles, no piso térreo, com o número 15 da avenida da República. Como coordenador técnico em duas companhias promotoras de construção entreviu em planos de modernização da cidade; a companhia de Construção Predial e a Companhia de Crédito Edificadora. A primeira, suportada pelo banco Fonseca, Santos e Viana, não teve sucesso devido à falta de apoios financeiros. Apenas a Crédito Edificadora permitiu a Norte Júnior o desenvolvimento da sua arquitetura, de que é exemplo o Palacete do gaveto entre a avenida da Republica e a avenida de Berna, projetado para Amélia Pereira Leite. [3]

Neste projeto, Norte Júnior resolve o gaveto da avenida da República com a avenida de Berna e concebe um palacete de três pisos, considerado por muitos como o palacete mais ostensivo nesta zona da cidade. Caracteriza-se pelo luxo do seu desenho, sendo coroado com uma cúpula dominante e ornamentado com elementos decorativos que lhe conferem um ecletismo, tanto no exterior como no interior. Os trabalhos de pedra, inspirados na Beaux-Arts e Arte Nova, são conjugados com detalhes decorativos em estuque, pinturas e vitrais, que lhe dão um toque britânico de conforto e luxo, num ambiente Arts and crafts. [4]

Arquiteto da Casa de Bragança, é também autor de vários projetos, entre os quais os da casa e atelier Malhoa, em Lisboa, o pavilhão D. Carlos no Buçaco, o Palace Hotel da Curia, o Grande Hotel do Monte Estoril, o Hotel Paris no Estoril e o Palácio Fialho em Faro.

Fez parte da Maçonaria.[5]

Sociedade A Voz do Operário em Lisboa e a Associação dos Empregados do Comércio em Lisboa, entre muitos outros edifícios e remodelações são também esboços deste importante arquiteto.

Em 1908 o industrial Agapito da Serra Fernandes toma a iniciativa da construção do bairro operário Estrela de Ouro, à Graça, onde vem inclusivamente a fixar residência na vivenda Rosalina, habitação localizada neste mesmo bairro, edificado sob o risco de Manuel Joaquim Norte Júnior.

O Palacete Villa Sousa, na Alameda das Linhas de Torres, n.º 22, em Lisboa, integrado num grande jardim, delimitado por muro com gradeamento, a definir gaveto, foi mandado edificar por iniciativa de José Carreira de Sousa, com projeto de Manuel Joaquim Norte Júnior. O início da sua construção data de 1911, tendo sido distinguido com o Prémio Valmor de 1912. Os membros do júri consideraram a Villa Sousa: (...) a mais bella casa edificada na cidade de Lisboa no anno de 1912. Traduzindo uma arquitetura civil residencial eclética, destacava-se pela harmonia de proporções e elegância do seu torreão, pelo trabalho escultórico das cantarias, assim como pelo recurso frequente ao arco pleno e aos colunelos, característico da obra de Norte Júnior. Objeto de obras de transformação, ao longo do tempo, esteve para ser demolido, encontrando-se atualmente em ruínas, mantendo apenas a fachada e algumas paredes.

 

Edifício da Sociedade Amor da PátriaHorta, 1934

A atual sede da Sociedade Amor da Pátria, estilo Art Deco, um projeto também da autoria do arquiteto Manuel Joaquim Norte Júnior, foi inaugurada a 30 de junho de 1934 e embeleza com a sua originalidade e a sua sumptuosidade a cidade da Horta que a abriga. Com justiça, em 1984, foi classificada como "Imóvel de Interesse Público". ​

 

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