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N 14678 –
Foto Original do Bailarino Francis datada de 12/10/1932. 8,5x12,5cm. Foto
Brasil – Lisboa. Com dedicatória autografada pelo bailarino. Mínimo defeito no
tardoz. Uma peça de coleção.
Francisco Florêncio Graça ou Francis
Graça (Lisboa, 1902 — 1980), foi um coreógrafo, bailarino e ator português.
Adquiriu grande notoriedade desde o
final da década de 1920 e até aos anos de 1950, destacando-se a sua ação
renovadora a nível do bailado e do teatro musicado nacional.
Nasceu em Lisboa, no bairro da Graça;
foi o quarto de sete filhos de um comerciante abastado, anarco-sindicalista,
que chegou a ser empresário da Praça de
Touros do Campo Pequeno e nunca aderiu à opções do filho.
Francis foi essencialmente autodidata. Estudou música no Conservatório
Nacional, onde fez amizade com Frederico de Freitas,
mas não teve formação convencional de bailado clássico, apenas uma breve
aprendizagem com uma professora de nacionalidade russa.[1]
Apresentou-se pela primeira vez em 1925
num espetáculo do Teatro Novo, de António Ferro, que decorreu no foyer do teatro
Tivoli (decorado para o efeito por José Pacheko), com algum escândalo do público.[2]
Depois de uma permanência em Paris, em
Setembro de 1926 estreava-se na revista Cabaz de Morangos,
no Cineteatro Éden,
desta vez com grande êxito. A partir de então, coreografou e dançou em inúmeros
espetáculos de revista, tendo trabalhado com as mais importantes vedetas da
época, de Beatriz Costa a Hermínia Silva. Em 1927 participou na
revista Água-Pé,
grande sucesso da época, onde eram protagonistas Estêvão Amarante e Luísa
Satanela. Ficou famosa a dupla que formou, a partir de 1931, com a
bailarina alemã Ruth Walden.[3][4]
Ao longo da década de 1930 apresentou-se
com sucesso em Paris (1933, 1934, 1936), Brasil (1930, 1934), Genebra (1935),
Argentina e Brasil (1937-1938).[5]
Interessado na dança de temas
portugueses e na estilização do folclore nacional e, por isso, desde muito cedo
em sintonia com os ideais do Diretor do SPN, António Ferro, Francis foi um dos fundadores e
o mais importante coreógrafo (e bailarino) da Companhia
Portuguesa de Bailado Verde Gaio. Foi a figura preponderante desse
grupo de 1940 até 1960, embora com uma interrupção em 1946-48 quando partiu uma
vez mais para o Brasil, seduzido por novos horizontes. Na década de 1950 atuou
como ator em duas peças de teatro: Rei Édipo, de Sofocles, Teatro Apolo,
1952; e Sonho de Uma
Noite de Verão, de Shakespeare, Teatro D. Maria II,
1952. Em 1960 foi definitivamente afastado do Verde Gaio, cuja direção foi
entregue a Margarida de Abreu e Fernando Lima.[6][7]
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