N 19363 – Fernanda Botelho. As contadoras de histórias. Editorial Presença. 151 Pgs.
15x24cm. Livro novo.
Em 1994 surgia, na Editorial Presença com o
romance Dramaticamente Vestida de Negro. Agora reaparece com três mulheres,
três vozes e uma mesma história com três finais diferentes. Onde reside então a
verdade? Essa, diz respeito ao leitor, que joga e é jogado pela força da
narrativa irónica e ambígua, desta grande referência da literatura portuguesa
contemporânea. O mais recente título de Fernanda Botelho, de novo com chanela
da Presença. Um livro galardoado com o Grande Prémio da Associação Portuguesa
de Escritores 1998.
Fernanda Botelho estreou-se como poeta (Coordenadas Líricas, 1951), mas seria como romancista que justamente
se imporia nas letras como uma das grandes escritoras portuguesas do século XX.
Maria Fernanda Botelho de Faria e Castro era sobrinha-neta do escritor Abel
Botelho e parente afastada de Camilo de Castelo Branco, e faleceu no dia 11 de
dezembro de 2007, com 81 anos. Nascera a 1 de dezembro de 1926, no Porto,
cidade que deixaria para cursar Filologia Clássica, primeiro na Faculdade de
Letras de Coimbra e depois na de Lisboa. Com David Mourão-Ferreira fez parte da
revista Távola Redonda. Seis anos após a sua estreia poética, inaugura a
obra ficcional com O Ângulo Raso (1957). Seguir-se-iam, com alguma
regularidade, cinco novos romances, para um interregno de 16 anos, pois só, em
1987, sairá Esta Noite Sonhei com Brueghel. Um silêncio de quase duas décadas, que explicou
assim: "De repente [após o 25 de Abril de 1974] podia-se dizer tudo. Mas
saberia eu dizê-lo? Até que ponto a presença da ditadura moldava a nossa forma
de dizer, criava formas mais subtis… Não sei. (…) De repente, tudo era
permitido, toda a gente começou a escrever. Então, porquê eu? Em que é que eu
ia concorrer para a inflação literária desses dias?". Seguiram-se mais
quatro romances.
Portes Grátis
Para venda 8€
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