N 14687 – Foto Original de Diamantino Vizeu.
Marcada Luiz fam. 9x14cm.
Em 23 de Março de 1947 na Monumental de Barcelona recebia
a alternativa o primeiro matador de toiros português, Diamantino Vizeu, sendo seu
padrinho Francisco Vega de los Reyes "Gitanillo de Triana" e
suas testemunhas Agustín Parra "Parrita" e António
Bienvenida. "Comerciante" era o nome do toiro então lidado
pelo primeiro matador de toiros português e pertencia à ganadaria de Juliana
Calvo Albasserrada. Diamantino Vizeu tinha então 24 anos. Confirmou a alternativa em Las Ventas, Madrid,
a 15 de Julho do mesmo ano, das mãos de Pepe Bienvenida e também
ainda nesse ano, a 21 de Dezembro, apresentou-se na praça El Toreo da
cidade do México, país onde gozou de imensa popularidade. Em Portugal, formou com Manuel dos
Santos a mais célebre parelha do nosso toureio a pé. Em 1958 protagonizou
o filme "Sangue Toureiro" contracenando com Amália
Rodrigues. Diamantino Francisco
Martins Viseu não tinha qualquer relação com o mundo do toureio até ao dia
em que conheceu um amigo que frequentava a Escola de Toureio de Júlio
Procópio em Lisboa e se começou a entusiasmar pela arte de Montes. As primeiras vacas toureou-as na antiga Feira
Popular de Lisboa, onde hoje são os jardins da Gulbenkian. E depois de
conhecer o bandarilheiro Puntaré, espanhol, rumou ao país vizinho e
debutou no ano de 1944 como novilheiro em Toledo. Teve em Portugal uma primeira
apresentação mal sucedida na antiga praça de Santarém, mas em 1945
conseguiu o seu primeiro êxito notável na praça "Palha Blanco" de Vila
Franca de Xira, onde alternava com o célebre Cayetano Ordoñez "Niño
de la Palma". O Grupo
Tauromáquico "Sector 1" criou então um movimento de apoio à
primeira estrela do nosso toureio a pé para que ele se apresentasse na Real
Maestranza de Sevilha numa novilhada com picadores, o que veio a acontecer
na Feira de Abril de 1946, onde cortou uma orelha. Diamantino Vizeu retirou-se das arenas na
praça do Campo Pequeno a 24 de Agosto de 1972, publicou as suas Memórias em
1993 e outro dos seus maiores feitos foi ter fundado o Fundo de
Assistência dos Toureiros Portugueses. Morreu
a 12 de Fevereiro de 2001, vítima de atropelamento na lisboeta Avenida de
Berna, muito perto da praça de toiros do Campo Pequeno, quando vinha de
visitar seu irmão que se encontrava internado no Hospital Curry Cabral. Diamantino Viseu era avô do também
matador de toiros Mário Vizeu Coelho, hoje a viver em Espanha, fruto
do casamento de sua filha Verónica com o também matador de toiros Mário
Coelho, que morreu em Julho de 2020 vítima de covid-19.
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