domingo, 7 de setembro de 2014

Rara caneca António José Almeida Massarelos 1873-1878

N 4000 – Rara caneca marcada Massarelos, do Drº  António José Almeida e um bouquet de flôres,  marca do periodo de  1873-1878. Uma peça de coleção. Estado Impecável. Dimensões 11x12 cm. Marca nº 505 do Dicionário de Marcas de Faianças Portuguesas.





António José de Almeida nasceu numa aldeia da freguesia de São Pedro de Alva do concelho de Penacova , a 17 de Julho de 1866.
Era ainda aluno de Medicina na Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra, quando publicou no jornal académico Ultimatum um artigo que ficou célebre, intitulado Bragança, o último, que foi considerado insultuoso para orei D. Carlos. Apesar de ter sido defendido por Manuel de Arriaga, acabou condenado a três meses de prisão..
Faleceu em Lisboa, no dia 3 de Outubro de 1929.
Foi candidato do Partido Republicano em 1905 e 1906, sendo eleito deputado nas segundas eleições realizadas neste ano. No ano seguinte adere à Maçonaria.
Foi preso por ocasião da tentativa revolucionária de Janeiro de 1908 , dias antes do assassinato do rei D. Carlos e do príncipe Luís Filipe. Posto em liberdade, voltou a embrenhar-se na política, sobretudo enquanto director do jornal Alma Nacional. Destacou-se também como diretor do jornal  República (1911-1999).
Após a Proclamação da República Portuguesa, foi nomeado Ministro do Interior do Governo Provisório; exerceu, posteriormente, várias vezes as funções de ministro e deputado, tendo fundado em Fevereiro de 1912 o partido Evolucionista, que dirigirá.
A 10 de Julho de 1919 foi agraciado com a Grã-Cruz da Ordem Militar da Torre e Espada, do Valor, Lealdade e Mérito.
Em 6 de Agosto de 1919 foi eleito presidente da República e exerceu o cargo até 5 de Outubro de 1923, sendo o único presidente que até 1926 ocupou o cargo até ao fim do mandato. 
A 16 de Outubro de 1919 foi agraciado com a Grã-Cruz da Ordem Militar de Cristo, da Ordem Militar de Avis e da Ordem Militar de Sant'Iago da Espada. Nomeou 16 governos durante o seu mandato. Viveu de forma clandestina, durante o governo de Sidónio Pais.
Em 1929 foi eleito 12.º Grão-Mestre do Grande Oriente Lusitano Unido mas não chegou a tomar posse por entretanto ter falecido.
Faleceu em Lisboa, no dia 3 de Outubro de 1929.
Posta esta Nota Histórica com fonte na Wikipédia, Interrogo-me com o facto de esta peça estar marcada com um carimbo , em que o visado teria no máximo 12 anos de idade. Este facto faz-nos pensar, que os carimbos poderiam ter uma utilização posterior áquela em que lhe é atribuída por especialistas. Ou por outro lado, essa classificação dos especialistas,  poderá não ser a mais correta. Fica a dúvida, para que algum possível leitor, quem sabe ? possa esclarecer!


1 comentário:

  1. Caro Armando

    Consultei o catálogo "Fábrica de Massarellos Porto: exposição de fábrica de louça de Massarellos: 1736-1936. - Lisboa. IMPM, 1998" e a autora do texto sobre as marcas da fábrica, Margarida Rebelo Pinto, atribuí esta marca com as iniciais ECP ao período entre 1904 e 1912, correspondendo à constituição da Empresa Cerâmica Portuense. Portanto a caneca terá sido feita num período bem mais tardio.

    Com efeito, julgo que ainda as marcas portuguesas não estão ainda bem definidas. O meu pai tem uma caneca com a bandeira da monarquia, com a marca entre 1912-1936, o que não me convence inteiramente. Seria mais lógico ter sido produzida até 1910, mas não tenho maneira de contrapor o que vem nos livros.

    Um abraço

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